sábado, 12 de outubro de 2013

- 37 Go The Distance


Falei tanto do meu ICP 2009 que achei que valia a pena também contar um pouco do Grace Period (GP)

Mas o que é o Grace Period? Bom como disse o Disney Cultural Exchange Program é um programa de trabalho que está vinculado com a universidade e uma empresa como spounsor, e por isso precisamos de um visto específico para isso, o chamado Visto J1. Esse visto nos concede 30 dias a mais de permanência no país além da duração do programa, podendo ser aproveitados antes do início do programa, ou após o término dele. É esse período de 30 dias a mais que chamamos de Grace Period. Os Cast Members então aproveitam esse tempo pra passear pelos EUA.

E como foi seu GP? Uma palavra: Atípico, mas nem por isso menos perfeito. Eu estava decidido a passar um tempo em NY, mas como fui sem conhecer muita gente, preferi, aconselhado pro alguns veteranos, a comprar os trechos domésticos lá nos EUA mesmo, com alguns amigos que faria  por lá mesmo, e foi o que eu fiz.
Tinha comprado minha passagem de volta pro Brasil para três semanas de folga entre o termino do ICP e até meados de dezembro estava sem destino decidido (Aquele momento que sua mãe te acha louco e irresponsável). Para minha surpresa, muitos tinham feito isso, meus roomies todos tinham feito isso. Um belo dia, voltando de um passeio no Outlet, encontrei com um amigo e de lá fomos pro apartamento da Camilla pra uma conversa amiga e jogar papo fora. O pessoal estava combinando sobre hospedagem das cidades do GP deles, e eu sie lá por que, comentei que ainda estava sem decidir nada. Daí surgiu o convite: VIAJA COM A GENTE e eu prontamente disse UÉ, VIAJO! E ali mesmo, comprei as passagens e firmei com eles que seguiria pelos roteiros que eles estavam planejando. O Roteiro: Chicago-> Washington-> NY.
Sério gente, eu tinha um apreço pelo pessoal, mas sei lá, nao imaginava que faria uma viagem com eles. Acho que eles não pensaram direito para fazer o convite, pensaram que não ia aceitar, e eu, depois de ter aceitado e comprado que fiquei pensando, “what I just did”. Todos eles já eram mais chegados antes mesmo do programa começar pela comunidade do Orkut (!), todos do nordeste e eu, o  mineiro, outsider. Mas não poderia ter sido mais perfeito, adorei estar esse tempo pelos EUA com essa galera, me acolheram e me fizeram me sentir parte duma família! Amo vocês =]

Partirmos enfim...

Aeroporto de Chicago com nossa mala Pepe. Almoço no Taste of Brazil com Renata, nossa hostess que nao gostava de ser chamada de tia. Eu e Diogo num restaurante chines. Vendo neve pela primeira vez

The Wind City: Nossa primeira parada foi em Chicago. Pegamos um voo e fomos eu, Angelus, Camila, Diogo e Gabi. Diogo tinha uma amiga que era Au Pair em Chicago, e ela iria nos auxiliar como uma espécie de Tour Guide por lá. Chegando em Chicago o choque foi automático: Três meses vendo só castelos, mundos mágicos e princesas nos deparamos com uma cidade moderníssima, cheia de prédios e arranha-céus! Clima bem urbano e agitado. Amamos Chicago! Foram 5 dias conhecendo a cidade.


Nosso jantar de recepção no Olive Garden com Renata, Adriana e a americana Jodi. Na estaçao de metro de Chicago do Jim, um funcionário que era bem "Disney look" e nos ajudou várias vezes por lá. The Field Museum. Chicago Science and Industry (foto da lua). Carro da Renata, com Jodi, americana doida.

Lake Michigan. Aos tombos e tropeços no rink de patinação,Equilibrado sobre os patins. Nevando nos parques de Chicago. Estação ferroviária de Chicago, trem urbano

Tínhamos a companhia da querida Renata que era amiga de Diogo, ela seguia conosco para os lugares, mas quando não podia, deixava tudo esquematizado pra nós. Ficamos hospedado no Motel 6 (Ei Sr. Mente Suja, Motel nos EUA é outra coisa, são hotéis mais afastados da cidade, com serviços mais simples), como os meninos já tinham feito as reservas antes de eu entrar na jogada, o quarto era só pra quatro pessoas, e eu dormia num colchão providenciado pela Renata, e estava meio “ilegal no quarto”. A Renata tinha uma amiga americana que nos acompanhava algumas vezes a Jodi, que não podia fazer todos o passeios por causa do trabalho dela (I CAAAAN’T because of my jooooob) e que achava que eu estava ilegal no país. Além da Jodi, conhecmos a Nany, Adriana, Patrícia e uma mexicana (todas eram babás au pair). Renata também nos levou a bons restaurantes: Olive Garden, chinês e um maravilhoso lugar que tinha comida brasileira: COMI COXINHA NOS EUA!

Chicago Museum of Science and Industry: Muito bacana e bem interativo. Destaque para a rodinha de hamster gigante e a foto na camera térmica. Na "foto do jornal" Tia Nany, amiga de Renata conosco.

Visitamos museus, planetário e monumentos. No Instituto de Arte de Chicago tinha uma bela exposição de Caravaggio, conhecemos o Big Bean, que é um monumento da cidade, andamos e tropeçamos muito nos rinks de patinação. Conhecemos o Lake Michigan, sofremos muito com o frio e o vento de cortar o rosto da gente, claro não posse deixar de mencionar que fui lá que vi neve pela primeira vez, não só a neve no chão, mas chegou a nevar a cair flocos de neve em nós. Em uma das noites mais memoráveis, fomos até a casa da Mayara, uma baiana que morava em Chicago e era amiga de Renata. Bay, como carinhosamente a chamamos, fez um super jantar pra nós, com hot dog, tropeiro, churrasco, salpicão, farofa e o que mais vocês pensarem, isso sem falar no brigadeiro de sobremesa. Foi uma noite de muita conversa jogada fora e bem divertida, se não me falha memória rolou até truco.


Battery Park: Turma de Au Pairs e CMs reunidos (canto inferior da foto), por alguma razão tinha esse painel digital gigante com uma foto da Susan Boyle no Batery Park. Instituto de Arte de Chicago: Quadro do Van Gogh e turistas contemplando alguma obra de arte. No topo, o famoso Big Bean

Field Museum: Foto com Kumba, "pick up your radio and call the manager", e com o painel de praia, porque com tanto trio sentimos saudades do clima de veraneio do Brasil. Topo: Jantar na casa da Bay. Caminhando por Chicago, com a Biblioteca municipal ao nosso lado. Jantar no Taste of Brazil com Renata, Tia Nany e Bay May. Imenso carinho de Gabi e Doigo por nós os pombos


The Capital: Saindo de Chicago pegamos um outro voo para Washington. Cecília, amiga do pessoal tinha um conhecido lá, um tal de Steven que ela conheceu quando viaja pra Orlando, ela ficou na casa dele, nós bem, ficaríamos num alberque. Só que acontece que o lugar era muito esquisito (com uns pieces of shit/shhet) e então cancelamos nossa reserva quando chegamos e vimos o quanto lá era furada e ficamos em no Red Roof Inn hotel em Chinatown. Nesse eu era “legal”, éramos quatro, Angelus tinha voltado pro Brasil e Cecília estava na casa do Steven.


Biblioteca do Congresso em que até fizemos carteirinha. Praça bem aborizada. Capitólio Americano

Washington DC é bem bacana, bem provinciana, com lindos monumentos públicos que conferimos um por um, visitando bibliotecas, reuniões do congresso abertas ao público e tantas outras atividades históricas e diplomáticas, nada de museus, foram três dias, foi mais curto, mas proveitoso. Vimos um pouco do patriotismo americano de perto, nao vimos o Obama, mas vimos Michelle e as filhas entrando de Limo pelos fundos da casa branca, passeamos em Georgetown e por fim, fomos a rodoviária pegar um ônibus para viajar até o próximo destino.

 Capitólio Americano. Casa Branca. Hotel Red Roof com roomies queridos. Chinatown



Rodoviária ao ar livre, com direito a escrita na neve e desenhos. Mais capitólio. House of Representatives no topo. Capitólio com bandeirinha em homenagem a nossa Tour guide de Chicago.

The City That Never Sleeps: A melhor parte do GP estava prestes a acontecer, seguimos nós cinco para NY e lá encontramos com Tiago, mais conhecido como Sadia. Lá ficamos em um albergue, em um quarto só para nos 6, era um flat que tinha até uma espécie de cozinha. No hostel que ficamos tinha muitos outros CMs por lá, e fora isso conhecemos outras pessoas por lá, como o Gaúcho, Cilene, os meninos de Brasília e uns franceses que uma amiga minha caiu de amores. Encontrei com meu roomie Murilo e a Raísa por lá. Foram oito dias vivendo e respirando musicais, pizza sbarros, metro e toda a pluralidade de NYC. 


New York landmarks: Ground Zero (onde era o WTCenter), Broadway (e toda minha felicidade evidente), Touro de Wall Street, Centro da Bolsa, com estátua de George Wshington, Estátua da Liberdade.

Engraçado o quanto eu me sentia bem em estar de volta em NY, tinha visitado lá 2006 por um breve tempo, mas dessa vez eu amava NY e me sentia parte daquele local (TCC feelings). Fomos a peças da Broadway, o que pra mim foi um dos suprassumo da cidade, assistimos ao NYCity Ballet, vimos manifestações culturais na rua, fizemos compras, fomos aos monumentos clássicos, visitamos todos tipo de parte de NY, fomos até mesmo a mais museus. O bom que o ambiente do hostel nos permitiu conhecer mais estrangeiros e nos viciou em bagels com cream cheese.


 Passeios Culturais: Musicais Chicago, The Phantom of the Opera, Mary Poppins e Billy Elliot e Lincoln Center com o NYC City Ballet, onde vimos "The Sleeping Beauty".


Na Balsa a caminho a Liberty Island. Eu e Gabi com moletons que Renata nos deu, no nosso hostel. Encontrando com Thata, de BH, no Museu de História Natural ( com Camila e Sadia). Eu e Camila no Lincoln Center. Vendo o quadro "Persistencia de Memória" de Dalí, no MoMA, quadro famoso que gosto muito. Pessoal do hostel fazendo macarrao, além da galera, aí tem Cilene, Mari (Cast Member) e os franceses fedorentos + o Gaúcho.

Alguns dias sai com Murilo e Raísa, outro com o pessoal de sempre, outros com os dois, e um dia reencontrei uma amiga de ensino médio que estava morando por lá. O único ruim dessa viagem é que mesmo super me programando para assistir o musical “Wicked” deu tudo errado, mas dessa vez, verei e enfim desafiarei a gravidade. Deixei NY mais apaixonado por lá, vou voltar e mais uma vez, sei que será uma excelente experiência. 


 The New York Times. Liberty Island com o cara que fez a Statue of Liberty. BK com bandeira do Brasil. Museu de História Ntaural, sim o do filme "Uma Noite no Museu".

Southern-Cagian Adventure: Bom, Murilo e Raísa voltaram pro Brasil e os demais, bem convencidos por Sadia foram pra Las Vegas, e eu não. Vegas não estava no roteiro original e quando me avisaram que iriam pra lá decidir que valeria a pena me separar deles e ficar alguns dias na Louisiana visitando alguns amigos que tenho por lá, foi uma semana conhecendo Baton Rouge, New Orleans e demais cidades vizinhas.


LSU: Mike o Tigre. Sua estátua de bronze. Estádio do LSU Tigers. Eu e Amber na universidade dela, na verdade dormitório universitário.

Conheci esse pessoal quando fui intérprete deles quando eles estavam como missionários no Brasil. Conheci museus, um pouco da cultura do estado que difere de tudo do estados que já tinha visitado, fui a monumentos públicos, cinema, shoppings. Conheci a universidade de lá, a LSU (Louisiana State University) e o campus de moradia da Universidade de Hamond, algo uma pouco diferente da nossa rotina universitária no Brasil: lá tinha até um tigre de mascote!. Como fiquei hospedado na casa de uma família, conheci a rotina de uma família a americana, e mais bacana, revi meus amigos Kayla, Robin, Missy, Jordan, Matt, Dyllan, Shannon e Thommy, Khalli, David and Cathy e Mamma Carla e Larry, além de conhecer os amigos deles.


No topo: Igreja da Kayla, detalhes do salao de jogos e do salao de cultos. Quarto da Amber com Vivi e Missy. Caleidoscópio no planetário de Baton Rouge. Game Night. Rio Mississipi ao fundo

Uma experiência bacana foi visitar a igreja deles. Quão diferente elas eram das igrejas aqui do Brasil, quer dizer, diferentes mas semelhantes. No fim de 2009 tinha ocorrido na minha igreja aqui no Brasil um série de cultos especiais chamada 180o e estávamos todos empolgados com isso, lá nos EUA, a igreja deles tinha as reuniões de jovens no clima do 180o sempre. Tinha fliperama lá, cantina e outras coisas, já o salão de culto deles era uma espécie de quadra de basquete, bem diferente e legal e o louvor... que maravilha! Fora isso, comi sabores curiosos por lá, celebramos o aniversário da Kayla (minha hostess) e por fim, eles fizeram uma festinha pra mim, uma noite de jogos tipicamente americana. Por fim, dia de voltar pra Orlando e então pegar voo de volta às terras tupiniquins.


Nossa foto oficial na Estátua da Liberdade. Ganhou destaque no site Pulando & Viajando na época, pena que o multiply fechou e com isso o site acabou.


Bom essa foi minha turnê pelos EUA 2009
Pra esse GP, voltarei pra NY, FATO, até por conta do meu TCC, mas ainda falta alguns detalhes e outros destinos pra acertar. O bom que já tenho alguns companheiros de viagem pra NY já decididos, o pós NY que é uma incógnita! A única coisa que sei é que quero ter um GP memorável, pra descansar, ver gente bonita e dar uma de wanderluster, como diria a Amanda.
Deus me direcione nesse planejamento...

Se y’all in a few!


Música do título

Um comentário:

  1. APAIXONADA por esse post apenas! Quero um GP tão memorável quanto o seu Lê

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